SETEMBRO DE PESAR

SETEMBRO DE PESAR

Florisa Brito

 

Amanheceram tristes

Os quintais,

As buganvílias,

As calçadas

Com seus enfeites

E defeitos.

 

Os coloridos das araras

Mais parecem borrões;

Na algazarra,

Aos trambolhões,

Umas notas sombrias

Desafinam.

 

Afinal,

O insólito sonho,

De uma noite ruim,

Confirmou-se:

O nunca mais

De um abundante florescer.

 

No entanto,

As coisas prosseguem:

Em seus caminhos,

Atalhos,

Desvios,

Labirintos.

 

Nesse passo,

As mangas em seu tempo,

Que ainda vão crescer,

Se antes não caírem,

Serão doces ou podres;

Conforme for...

 

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