O minino e o fejão

Eu num sei qualé o minino que foi, quando era piqueno... ele era custoso dimais da conta...

Um dia, esse minino tava fazeno bramura, num lembro qu’istripulia que era daquela veiz. A mãe dele chegô raiano, fazeno menção de dá umas varada...

Naquele tempo tinha esse custume pra currigi, inda num tinha cumeçado a pruibição...

O minino, iscapulino da mãe que tava braba, subiu num monte de fejão que tava dispejado lá dent’ de casa, que nem insacado num tava. Quand’ela foi chegano perto, foi só ele vê que a coisa ia imbramá, ele gritô:

- Mamãe! A sinhora faiz eu isparramá o fejão!

Diantá num diantô, porque... aquilo... ela num tava incomodano cum fejão isparramá...

(Florisa Brito)